Thais R. M. da Silva

Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735712Y7


Mestrado (PPGAS / UFSCar):

Título: Crianças invisíveis da Reserva Indígena Icatu/SP (Duração: 2008-2011):

Resumo

Como as crianças Kaingang do Icatu SP vivenciam os espaços da aldeia? A proposta desta dissertação é contribuir para as discussões sobre as relações sociais das crianças indígenas a partir da experiência etnográfica entre os Kaingang da aldeia Icatu SP. O recorte dessa temática surgiu de meu descontentamento inicial com relação às atividades das crianças no cotidiano da Reserva. Contrário do que eu esperava encontrar, as crianças pareciam-me invisíveis. Assim, percebi que elas passavam a maior parte do tempo dentro dos quintais, nas casas de suas avós maternas. Essa invisibilidade levou-me a refletir sobre os modos como poderia realizar minha pesquisa. A saída encontrada em campo, indicada pelas mulheres, foi conversar com mães, tias e avós das casas que eu frequentava. Essa configuração levou à necessidade de destacar a não transitoriedade das crianças da aldeia Icatu SP como uma forma específica do tipo de relação entre elas e suas casas e promover uma discussão sobre a impossibilidade da aplicação de conceitos universais em pesquisas que tem a criança como destaque.

Palavras chaves: antropologia da criança, etnologia indígena, Kaingang, etiquetas de restrição.

(Bolsa CAPES - 2009-2010)


Doutorado (PPGAS / UFSCar):

Título: Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Duração: 2012-):

Resumo

Esta pesquisa propõe, por meio de etnografia, compreender como os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá percebem e atuam nos processos de negociação e mitigação que envolvem a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O foco da descrição será a distinção promovida pelos Xikrin, durante reuniões com representantes da Norte Energia SA, responsável pela execução da obra e maior acionista do empreendimento, sobre fazer política como uma característica depreciativa de ação dos kuben (não índios), e fazer guerra e ritual, característica dos Mebêngôkre, tal como eles também se denominam, que praticam kukràdjà. Para a realização da investigação, o projeto contará com dois eixos de debate: com autores dedicados aos povos Kayapó-Xikrin, ou Mebêngôkre, situados entre os Jê Setentrionais, em especial quanto aos usos e explicações para o termo kukràdjà; e com autores que descrevem as relações entre índios e não índios segundo o ponto de vista dos nativos, especialmente no que concerne à guerra como modalidade de preensão simbólica da diferença. O primeiro eixo importa para a presente pesquisa porque a noção kukràdjàé um dos operadores de distinção que os Xikrin do Bacajá realizam com relação à depreciaçãodo fazer política como característica dos não índios. O segundo eixo, por sua vez, permitirá explorar as reuniões políticas com os brancos como uma fonte de apropriação e/ou processos de domesticação por parte dos índios.

Nesse cenário, torna-se premente dar destaque ao ponto de vista Xikrin, diretamente afetados pela obra, sobre as negociações e mitigações que decorrem do processo para construção de Belo Monte.

Palavras-chave: Xikrin, etnologia indígena, Belo Monte, política.

(Bolsa CNPq)


Resumos publicados em congresso:

Mantovanelli, Thais. As crianças invisíveis da Reserva Indígena Icatu SP. In: II Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Crianças e Infâncias, 2010, Rio de Janeiro. II Seminário de Grupos de Pesquisa sobre crianças e infãncias: Perspectivas Metodológicas, 2010, Rio de Janeiro, 2010.
Mantovanelli, Thais. De dentro dos quintais: relações de espaço e família para crianças indígenas da Reserva do Icatu SP. In: Reunião Brasileira de Antropologia, 2010, Belém. Brasil Plural: conhecimentos, saberes tradicionais e direitos à diversidade, 2010.


Artigos completos publicados em periódicos

LEA, V. ; Mantovanelli, Thais ; DANAGA, A. ; SANTIADO, A. E. ; LIMA, C. ; BERTOLIN, G. ; ECKART, J. ; BENTO, R. . Na era das dádivas: encontros com os Kayapó Mebengokre. Entrevista com Vanessa Lea. R@U: Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCAR, v. 4, p. 176-197-197, 2012.

Mantovanelli, Thais . Saber cuidar, saber contar: ensaios de antropologia e saúde popular (resenha do livro). R@U : Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCAR, v. 2, p. 145-150, 2010.


Resumos expandidos publicados em anais de congressos

Mantovanelli, Thais . Os Xikrin e o caso Belo Monte: atuação política à luz de Pierre Clastres. In: Reunião Brasileira de Antropologia, 2012, São Paulo. Desafios antropológicos contemporâneos, 2012.


Apresentações de Trabalho

Mantovanelli, Thais ; COHN, C. ; SANTIAGO, A. E. . X Semana de Ciências Sociais- marxismos e movimentos sociais. 2012. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).

Mantovanelli, Thais ; KEBE, V. H. . Infância, família e parentesco . 2012. (Apresentação de Trabalho/Seminário). X Semana de Ciências Sociais. UFSCar.


Bancas

Trabalhos de conclusão de curso de graduação

Mantovanelli, Thais; COHN,C.. Participação em banca de Eduardo Henrique CapelliBelezini.A caminho da escola: uma etnografia dos Arara do Laranjal e da escola no conrexto recente. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais) – Universidade Federal de São Carlos.

Mantovanelli, Thais; LANNA, M. P. D..Participação em banca de Vinicius Teixeira Furlan.Divida, Direito e Estado em Etnografias Nuer e Azande. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais) – Universidade Federal de São Carlos.


Participação em bancas de comissões julgadoras

Outras participações

Mantovanelli, Thais; VIANNA, C. M.; LANNA, M..Comissão Julgadora de Escolha da Melhor Dissertação de Mestrado Defendida no PPGAS-UFSCar entre março de 2012 a abril de 2013. 2013. Universidade Federal de São Carlos.


Demais atividades:

Mantovanelli, Thais ; TRAGANTE,C ; BEGNAMI, P.S . Antropologia da criança: dilemas e desafios. 2010. (Curso de curta duração).VIII Semana de Ciências Sociais.Ministrante de minicurso.

Veiculação de projetos desenvolvidos entre os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá:

Acompanhamento de equipe do projeto GATI (GATI FUNAI – Projeto de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, ação executada pela Coordenação Geral de Gestão Ambiental -CGGAM, no âmbito da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável-DPDS da FUNAI em parceria com o PNUD) na atividade de Uso de GPS que é parte de uma agenda maior que intenta formar agentes ambientais Xikrin veiculados ao processo de vivificação dos limites da Terra Indígena.

Desenvolvimento junto com as mulheres Xikrin, a antropóloga Sthéphanie Tselouiko, e equipe de assessoria da pareceria GATI-TNC (The NatureConservancy) de projeto enviado para o edital GATI de Pequenos Projetos, que incentivam atividades sustentáveis nas aldeias. Tal projeto foi a abertura de uma roça coletiva pelas mulheres Xikrin na aldeia Pot-Krô.

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